quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Os entraves Políticos no Combate ao Trabalho Escravo

Por mais que a proporção de empregadores que utilizam trabalho escravo seja pequena diante do universo de produtores rurais, por que há parlamentares contrários à criação de instrumentos de combate a esse crime?

Por Leonardo Sakamoto

O trabalho escravo contemporâneo utilizado em empreendimentos agropecuários e extrativistas no Brasil não possui uma estrutura mafiosa em grande escala, que garanta o abastecimento de mão-de-obra, ao contrário do que ocorre com o tráfico de seres humanos para exploração sexual forçada. A experiência das entidades da sociedade civil que atuam no combate ao trabalho escravo mostra que não há uma organização criminosa com recursos financeiros e estratégias visando ao tráfico de escravos para o campo. O que existem são ações, na maior parte das vezes pulverizadas e sem coordenação, sob responsabilidade dos próprios fazendeiros, seus gerentes, prepostos, "gatos" e pequenos grupos de aliciadores.

Da mesma forma, não há uma organização comercial ou um grupo político reunindo proprietários rurais que tenham utilizado trabalho escravo, até pela natureza criminosa dessa prática.

Considerando que esse tipo de mão-de-obra é usada para garantir competitividade ao produtor, a sua adoção representa, na prática, concorrência desleal com relação àqueles que operam dentro de formas contratuais de trabalho. Contudo, muitas entidades têm defendido o associado envolvido no crime, ignorando uma ação comercial lógica, que seria retirá-lo do grupo ou suspendê-lo enquanto apresentasse pendências, para evitar uma contaminação da imagem da entidade e do setor e, conseqüentemente, perdas econômicas. Mas, em verdade, o que é preservado com essa defesa não é um interesse comercial particular, mas algo mais profundo: a classe social dos proprietários rurais.


Comentario:

Que irônico no texto sita que o trabalho escravo em fazendas ou lugares rurais são poucos porquê realmente a maioria dos trabalhadores sao bóias frias, mas mesmo assim ainda tem fazendeiros que tem escravos ao seu serviço e achei interessante a sitação de Leonardo Sakamoto no caso que tendo poucos vestígios de trabalhos escravos mas ainda tem o governo não faz nada para acabar com isso de uma vez. E em entidades que são varios fazendeiros juntos e uma união de lucros alguns ainda usam o trabalho escravo e os outros que fazem parte desse entidade não expulsam estes individuos e deixam eles ficarem fazendo errado.


Postado por Livia Gomes

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